terça-feira, 5 de maio de 2009

Gripe A, vírus H1N1

"A pandemia mais famosa e letal foi a chamada gripe espanhola (tipo A, subtipo H1N1), que durou de 1918 a 1919. Antigas estimativas apontam para 40–50 milhões de pessoas, enquanto estimativas mais recentes indicam de 50 a 100 milhões de mortos no mundo inteiro. Esta pandemia foi descrita como "O maior holocausto médico da história" e pode ter matado tantas pessoas quanto a peste negra. Esta grande mortalidade foi devido ao grande índice de infecção (acima de 50%) e da extrema gravidade dos sintomas, que suspeitavam ser causados pela tempestade de citocinas. De fato, os sintomas em 1918 eram tão incomuns que a gripe foi inicialmente confundida em diagnósticos como dengue, cólera ou tifóide. De acordo com alguns registros, "uma das mais graves complicações era a hemorragia das membranas mucosas, especialmente do nariz, estômago e intestino. Sangramentos dos ouvidos e hemorragias de petéquia na pele também ocorriam. A maioria das mortes eram de pneumonia bacteriana, uma infecção secundária causada pela gripe, mas o vírus também matou diretamente por meio de graves hemorragias e edemas no pulmão.
A pandemia de gripe espanhola foi verdadeiramente global e se espalhou até mesmo pelo Ártico e ilhas remotas do Pacífico. A gravidade inesperada da doença matou entre 2 e 20% dos infectados, muito alta comparada com as taxas de mortalidades das epidemias de gripe de cerca de 0.1%. Outro grande diferencial desta pandemia foi a alta taxa de mortalidade de jovens adultos, com 99% de mortes causadas pela pandemia em pessoas abaixo dos 65 anos, e mais da metade entre jovens adultos entre 20 e 40 anos. Isto não é comum, pois a gripe normalmente causa mais mortes em crianças abaixo de 2 anos e idosos acima de 70. O total de mortos pela pandemia de 1918–1919 é desconhecido, mas estima-se que entre 2,5 e 5% da população mundial morreu em consequência da doença. Aproximadamente 25 milhões teriam morrido nas primeiras 25 semanas; para efeito de comparação, o HIV teria matado a mesma quantidade em seus primeiros 25 anos.
As pandemias de gripe posteriores não foram tão devastadoras. alguns exemplos de tais pandemias foram a de gripe asiática em 1957 (tipo A, variedade H2N2) e a gripe de Hong Kong de 1968 (tipo A, variedade H3N2), mas mesmo estas sendo menores, mataram milhões de pessoas. Com o advento dos antibióticos, controlou-se as infecções secundárias o que pode ter ajudado a reduzir a mortalidade em relação à gripe espanhola de 1918."
(Texto retirado da Wikipédia)
Na Wikipédia encontrei este resumo histórico da Gripe. Neste momento estamos perante uma situação de pandemia de índice 5. Até às 16 horas de hoje, 21 países de 4 continentes notificaram 1490 casos de infecção pelo vírus H1N1. A situação tem alguma gravidade. Todos os vírus têm alguma capacidade de mutação mas o vírus da gripe é mesmo muito, muito mutável. É por isso que é necessário tomar a vacina todos os anos. A meu ver temos uma vantagem às situações pandémicas anteriores, a rápida divulgação da informação mas temos uma grande desvantagem, a rapidez com que se viaja de um país para outro país mesmo que distante. A informação permite que se recorra ao médico aos primeiros sintomas mas, se a informação não for adequada, pode conduzir ao pânico. As viagens pode ajudar a espalhar o vírus pelo mundo. Vamos ver como é que a situação evoluiu. A mim parece-me que os portugueses estão a encarar isto tudo com serenidade. Só quem vai viajar é que solicita máscaras e são poucas as pessoas que pedem informações sobre o Tamiflu. Eu, por enquanto, vou continuar a lavar as mãos com frequência e vou tendo esperança que o H1N1 não saiba onde fica Portugal.

2 comentários:

aespumadosdias disse...

Só não percebi o que era uma tempestade de citocinas.
:)

Dry-Martini disse...

Uma dica para desdramatizar: Começa a chama-la da gripe dos três porquinhos .)

XinXin

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