Esta semana há um tema incontornável, a greve de ontem. Eu não fiz greve (ok, podem bater que eu deixo). Até concordo com os motivos que levaram à marcação da greve mas, na verdade, estou satisfeita com as minhas condições de trabalho e não me parecia justo, para a entidade patronal e para as colegas, fazer greve. Para além disso, não me pareceu que tenha havido verdadeiros protestos. A maior parte dos grevistas optaram por ficar em casa e aproveitar uma paragem a meio da semana. E se tivessem feito grandes manifestações pelo país? Buzinões? Barulho a sério? Mas, na verdade, a crise que atravessamos não depende só de Portugal para ser resolvida. A crise resulta de uma conjectura de factores, na sua maioria externos, que conduziram a este, quase, beco sem saída. Todos os dias me apercebo que as pessoas deixam de tomar medicamentos porque não os podem pagar. Os preços desceram mas há algumas comparticipações que também desceram, e muito. As pessoas vão estando cada vez mais tempo desempregadas e vão tentando recorrer a todas as ajudas possíveis, a Segurança Social, as Autarquias, as instituições ligadas à Igreja. O investimento privado é cada vez menos logo há menos emprego logo haverá cada vez desempregados. É uma "pescadinha de rabo na boca". Os problemas socias vão ser cada vez mais complicados de resolver. A greve pouco ou nada irá resolver no entanto o Estado ainda aproveitou para poupar uns trocados com o desconto nos salários, sequência de um dia de greve.
2 comentários:
Concordo contigo, acho que a grande maioria aproveitou para nao fazer nada. Nem o facto de lhes descontarem no ordenado os demoveu.
Nao levem a mal o que vou escrever mas acho que o portugues esta muito preguicoso, queixa-se de tudo mas nao faz nada.
Concordo consigo! Mas ninguém ganhou nada, com a paralização do país, o próprio país perdeu muito dinheiro.
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