domingo, 28 de novembro de 2010

Solidariedade natalícia


O Natal vai-se aproximando e as iniciativas de solidariedade social vão-se multiplicando. Este fim de semana tem decorrido a recolha de alimentos para o Banco Alimentar contra a Fome. Imagino que com o crescente desemprego de longa duração e a crise generalizada haverá cada vez mais pessoas a precisar de ajuda. Eu também contribui com umas quantas coisas, massa, atum, leite, feijão, bolachas e cereais. Não cheguei a gastar 5 € e talvez evite que uma criança vá para a escola sem pequeno- almoço durante uns dias.

Apesar de ter contribuído há uma coisa que me faz confusão nesta coisa da solidariedade com data marcada. Eu percebo que as pessoas se sintam mais generosas nesta altura do ano, talvez para compensar o impulso consumista, mas quem tem fome agora, tem fome todo o ano, não é verdade? Eu não questiono a necessidade destas recolhas de géneros mas ainda mais importantes são as iniciativas que ajudam as pessoas a trabalhar pelo seu sustento como por exemplo as hortas comunitárias que se vão organizando nalguns sítios. Aqui há tempos vi uma reportagem em que pessoas beneficiárias do rendimento social de reinserção cultivavam um terreno cedido pela autarquia. Uma das localidades onde isso já acontece é em Póvoa do Lanhoso. O resultado do cultivo serve para reforçar o cabaz distribuído pela Loja Social local. Algumas das pessoas que participam na horta são também beneficiárias do dito cabaz e assim aproveitam os frutos do seu próprio trabalho e sentem-se úteis à sociedade. Como ouvi há muito tempo... "Mais que dar o peixe, é preciso ensinar a pescar"
Imagem retirada daqui

3 comentários:

aespumadosdias disse...

Não chega dar-lhes comida pois assim passam a ser meros pedintes/ mendigos. Devia haver mais instituições que ajudam as pessoas a mudar de vida - essas é que devem ser apoiadas.

Margarida Lozano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Margarida Lozano disse...

Felizmente há pessoas que querem contribuir e ajudar gente mais desfavorecida. No entanto, existe tantas outras pessoas que ainda não sabem nem querem saber sobre a palavra "partilha". Bom, o que importa é estas pequenas boas novas a criar tantos sorrisos.

beijo

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