Uma das características de trabalhar numa profissão liberal é pertencer a uma Ordem Profissional. É verdade que se paga quotas para se poder trabalhar mas sempre temos alguém, escolhido pelos seus pares, para nos defender e falar por nós. O Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos é uma pessoa discreta que só fala quando tem algo de importante a dizer (ou pelo menos é quando a comunicação social divulga a sua opinião).
Já os médicos, cujo exercício profissional está intimamente ligado ao exercício da profissão farmacêutica, têm agora um Bastonário perito em declarações polémicas. Aqui há tempos defendia que a «fast-food e outros alimentos não saudáveis como o sal, os hambúrgueres, os venenosos pacotes de batatas fritas e as embalagens de dezenas de variedades de lixo alimentar» deviriam ter um imposto adicional que financiaria o Serviço Nacional de Saúde. Logo se levantaram vozes a favor (alguns nutricionistas) e contra (Bloco de Esquerda e DECO, por exemplo). Agora virou-se para os fumadores. Diz ele que o vício do tabaco é bom para as contas públicas. Até foi mais longe dizendo «Nós até devemos estimulá-los a fumar, porque pagam um imposto elevadíssimo», ajudando as Finanças, e porque, «morrendo em média oito anos mais cedo, recebem menos oito anos de reformas».
Já os médicos, cujo exercício profissional está intimamente ligado ao exercício da profissão farmacêutica, têm agora um Bastonário perito em declarações polémicas. Aqui há tempos defendia que a «fast-food e outros alimentos não saudáveis como o sal, os hambúrgueres, os venenosos pacotes de batatas fritas e as embalagens de dezenas de variedades de lixo alimentar» deviriam ter um imposto adicional que financiaria o Serviço Nacional de Saúde. Logo se levantaram vozes a favor (alguns nutricionistas) e contra (Bloco de Esquerda e DECO, por exemplo). Agora virou-se para os fumadores. Diz ele que o vício do tabaco é bom para as contas públicas. Até foi mais longe dizendo «Nós até devemos estimulá-los a fumar, porque pagam um imposto elevadíssimo», ajudando as Finanças, e porque, «morrendo em média oito anos mais cedo, recebem menos oito anos de reformas».
Obviamente que o senhor estava a ser irónico embora não tenha dito nenhuma mentira, infelizmente. Quem não apreciou a ironia foi o presidente da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo que ficou muito chocado com estas declarações.
Cá a mim não me choca nada. Mesmo com os sucessivos aumentos do tabaco, continuam a haver muitos fumadores logo o seu contributo para as contas públicas deve ser significativo. Se se investisse mais na prevenção, comparticipando os medicamentos que existem para a desabituação tabágica por exemplo, podia-se diminuir os custos para a saúde com as doenças provocadas pelo vício do tabaco a médio/longo prazo. Podia-se gastar mais de início mas poupava-se mais tarde. Não sei é se alguém se deu ao trabalho de fazer essas contas... ou se interessa fazê-las..
Fonte TSF
3 comentários:
Uma boa ideia para ser tratada na próxima reunião do Conselho de Ministros terá dito Vítor Gaspar a ouvir ontem a notícia.
A mim quer-me parecer que o senhor gosta de protagonismo, de aparecer na televisão, quando não tem nada inteligente para dizer, inventa coisas destas.
Gostava de perceber o que tem o senhor a dizer sobre a falta de médicos de família, ou sobre os cortes na saúde... disso ele pouco fala.
É evidente que ninguém faz as contas, há muitos lobys pelo meio a quem não interessa fazer contas
Boa semana
Jorge
Concordo com o bastonário dos médicos e creio mesmo ser disparate subsidiar medicamentos a quem tem plena consciência de que está a prejudicar a sua saúde -quando não mesmo a dos outros, tantas vezes - fumando e sabe tão bem que deve deixar de fumar. E isto vale para todos os outros comportamentos voluntários prejudiciais, tais como alcoolismo, obesidade mórbida, etc... isto, ressalvo, mais uma vez, se forem efectivamente comportamentos voluntários e plenamente conscientes do seu carácter prejudicial.
Para que hei-de eu e todos estarmos a subsidiar com os nossos impostos a cura de quem não se quer curar?...
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