Hoje andei por esta zona. Estas salinas situam-se a cerca de 3 km de Rio Maior, no sopé da Serra dos Candeeiros. Aqui existe uma mina de sal-gema muito extensa e profunda que é atravessada por uma corrente de água subterrânea que alimenta um poço. A água extraída desse poço é muito mais rica em cloreto de sódio do que a água do mar. A água é trazida para a superfície e colocada em tanques, ou talhos como se chamam ali. A exposição ao sol e ao vento e a evaporação da água faz com que se obtenha o sal.
O processo é muito semelhante ao que se utiliza nas salinas junto ao mar mas é uma paisagem muito sui generis ver aqueles tanques e montes de sal tão longe do mar (cerca de 30 km).
A colheita de sal de hoje deve ter sido grande já que estava muito calor.
Estas salinas já são exploradas há mais de 8 séculos. O primeiro documento conhecido referente às salinas data de 1177.
Vale a pena a visita. Se forem pela hora do almoço, existe lá uma simpática churrasqueira, o Solar do Sal, numa das casas de madeira típicas das Salinas de Rio Maior. A decoração é muito gira e alusiva à especialidade da casa, frango no churrasco. É um restaurante muito simples mas muito em conta neste tempo de austeridade.