Aqui há dias estive à conversa com uma amiga, a R., que também foi minha colega de turma no secundário. A conversa surgiu a propósito de um possível encontro dessa antiga turma. Falámos deste e daquele até chegarmos a uma colega, a G., com a qual a minha amiga tem mantido contacto. Essa pessoa era, quando fomos colegas, uma pessoa activa, moderna, actual, senhora do seu nariz, não se deixava dominar por ninguém. A vida foi-se modificando, ela casou, foi mãe e modificou-se completamente. Tornou-se "dona de casa" e tornou-se submissa, cada vez menos senhora das suas decisões. Saídas à noite? Altamente improvável. Tecnologia? Um bicho de 7 cabeças. Telemóvel? Não utiliza. Email? Não tem e acha estranhissimo que toda a gente tenha. Num portátil, só sabe desligá-lo. A R., que também é casada e mãe e se tem esforçado por evoluir, estava abismada. E eu fiquei também. Como é possível, que mesmo não tendo uma profissão nem trabalhando fora de casa, a G. não se interesse minimamente pela tecnologia que nos rodeia e da qual somos cada vez mais dependentes? Se eu lhe falasse da blogosfera, no Twitter, no youtube, no Hi5 ou no Facebook pensaria que lhe falava numa língua estrangeira e desconhecida. Afinal o choque tecnológico ainda não atingiu todos os cantos de Portugal, falta chegar às "donas de casa".
1 comentário:
Ainda há muito gente info-excluida.
Gosto de seguir o teu twitter.
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