Hoje voltei a fazer uns quantos km, em nome do amor, em hora de ponta. A viagem de hoje correu melhor porque o trânsito fluia com mais facilidade e porque tinha a companhia do Carlos Vaz Marques, na rádio, e do seu "Pessoal e Transmissível". Embora o programa de hoje fosse uma reposição de um programa já transmitido, gostei muito da entrevista. O entrevistado era Manuel António Pina, poeta. Não acompanhei o programa de ínicio mas fiquei fascinada com o que consegui ouvir. A dada altura o poeta diz que nós somos aquilo que a nossa memória armazenou. Essa ideia é também a minha opinião. Aquilo que somos depende das pessoas que fomos encontrando ao longo da vida e da nossa interacção com elas. O que nós vivenciamos e que ica na nossa memória, mesmo que de forma inconsciente, determina mais a nossa personalidade do que a genética. No caso dos artistas, essas memórias influenciam aquilo que eles produzem. Manuel António Pina dizia que não lia Fernando Pessoa porque depois isso iria influenciar, de alguma maneira, aquilo que ele escrevia.
Este program é, sempre, uma excelente companhia. Gosto muito do trabalho e da voz do Carlos Vaz Marques. A música inicial e final também foi muito bem escolhida. Quando surge a voz do apresentador parece que ele é a sequência lógica daqueles acordes. É pena que o meu horário não permita ouvi-lo todos os dias.
2 comentários:
Nadia podia ser mais certo, somos o que armazenamos. Eu soou totalmente diferente da minha família, em praticamente todos os aspectos, menos na genética que essa foi deveras certeira comigo, sou uma cópia exacta da minha avó paterna, menos na cor dos olhos que essa é´unica e exclusvamente só minha :) Eu sou o que vivi, o que experienciei e adquiri enquanto fui crescendo, e vou continuar a viver e experienciar e a crescer enquanto pessoa, e é isso que me torna diferente da minha familia. Eu sou tolerante com outras opções sexuais, que as ditas normais, eu tenho consciencia ecologica, eu respeito outras raças, enquanto a maioria da minha familia são um bando de retrógrados, que mais parecem da idade da pedra em que tudo se resolve de moca numa mão e calhau na outra (eu acho que calhau é o cerebro deles, mas pronto)
Também ouvi ontem o Pessoal e transmissível. Vamos lá ver qual é a reposição desta tarde.
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