terça-feira, 24 de novembro de 2009

Crimes passionais


Uma das notícias da TSF diz respeito à diminuição do número de mulheres que foram mortas pelos seus companheiros (actuais ou antigos) em relação ao ano de 2008. No entanto já foram assassinadas 25 mulheres até ao mês de Novembro e nesta última semana já houve mais 5 casos. A UMAR (União de Mulheres e Resposta) afirma que estes números correspondem a metade dos observados no ano anterior mas as vítimas são cada vez mais jovens, a maioria tinha menos de 35 anos. Nunca percebi o que leva alguém a tirar a vida seja a quem for e ainda mais tirar a vida a alguém que já se amou. Quanto a mim se o amor, quando acaba, leva a um assassínio nunca foi amor, talvez uma obsessão, um sentimento de posse (se não és minha não és de mais ninguém) mas amor é que não é. O assassínio é a etapa final de um processo de violência doméstica que começa, talvez com uma bofetada, mas que vai sempre aumentando. As mulheres vão ficando, vão perdoando, vão retirando as queixas e assim, às vezes, quando se tentam libertar destas situações, assinam a sentença de morte. É inadmissível que hoje, século XXI, continue a haver violência doméstica e continue a não haver respeito pelas as mulheres. Não há razão para se continuar a viver uma relação violenta, a maioria das mulheres são, financeiramente, independentes e os homens, quando começam a ser violentos, não vão mudar, a tendência é sempre piorar. Já há organizações que ajudam mulheres nestas situações, é uma questão de procurar ajuda. E recorrer à justiça para não acabar num caixão.


O jornal Público também aborda este assunto de modo mais alargado. A violência doméstica, de acordo com a lei actual, é um crime público, qualquer pessoa que detecte uma situação destas pode apresentar queixa e a polícia já pode detectar sem ser em flagrante delito. Logo já não se pode dizer "entre marido e mulher não se mete a colher". A violência doméstica diz respeito a todos.

1 comentário:

aespumadosdias disse...

Sempre me ensinaram que a uma mulher não se bate nem com uma flor.

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