Esta frase pertence a Pablo Neruda e serviu também de título para o livro de Ingrid Betancourt. Aliás foi devido a uma entrevista de Ingrid a Carlos Vaz Marques na TSF que conheci esta frase. Apeteceu-me "roubar" esta frase para ilustrar este novo tempo que estamos vivendo agora. Até agora, os jovens não pareciam ter opinião sobre a situação do país já que não se mostravam interessados pela política (o que se nota pela elevada taxa de abstenção nas camadas mais jovens). De um momento para o outro começam a aparecer "canções de intervenção", organização de protestos, movimentos no Facebook. Afinal a juventude deste país tem uma palavra a dizer e cansou-se de estar calada. Se os organizadores deste protesto do dia 12, os Deolinda e os Homens da Luta não conseguirem mais nada, terão, pelo menos, o mérito de pôr os portugueses de todas as idades a discutir os desafios que esta geração enfrenta. Afinal "não há silêncio de não se acabe". Chegou a hora de falar e mostrar a nossa insatisfação com o rumo que Portugal está a tomar. Seja no protesto da Geração à Rasca ou noutro sítio qualquer, o que é preciso é fazer ouvir a nossa voz.
3 comentários:
Acho que estás a ser optimista, vamos ver quantas pessoas vão estar realmente amanhã nas manifestações. Mas era bom, muito bom mesmo que fosse verdade e que este silêncio a que se remeteu esta geração estivesse mesmo condenado,
Quanto às músicas, a dos Deolinda terá sido um feliz acaso, a da Luta... não é mais que um marcar de posição de alguém que enveredou por um tipo de humor... não me parece que nem uma nem outra sejam para marcar posições sociais...
Bom fim de semana.
Jorge
Acho que tens toda a razão...pelo menos veio para o debate público os problemas de uma geração e do futuro. :)
Amanhã lá estarei na Avenida da Liberdade mais de 15 anos depois ter participado em manifestações contra as propinas. E tu também vais?
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